HEPATITE C
A hepatite C é causada por um vírus transmitido principalmente pelo sangue contaminado, mas a infecção também pode passar através das vias sexual e vertical (da mãe para filho). O portador do vírus da hepatite VHC pode desenvolver uma forma crônica da doença que leva a lesões no fígado (cirrose) e câncer hepático.
No Brasil, há cerca de 3 milhões de pessoas infectadas pelo vírus da
hepatite C. Não há vacina contra a doença.
Sintomas
A hepatite C é assintomática na maioria dos casos, ou seja, o portador
não sente nada após a infecção pelo vírus. Em algumas situações, pode ocorrer
uma forma aguda da enfermidade que antecede a forma crônica. Nesses casos, o
paciente pode apresentar mal-estar, vômitos, náuseas, pele amarelada
(icterícia), dores musculares. No entanto, a maioria dos portadores só percebe
que está doente anos após a infecção, quando apresenta um caso grave de
hepatite crônica com risco de cirrose e câncer no fígado.
Diagnóstico
O exame de escolha para diagnóstico da hepatire C é a pesquisa de
anticorpos contra o vírus da hepatite C, o anti-VHC. Entretanto, muitas vezes,
a enfermidade é diagnosticada durante exames de rotina ou durante a
investigação de outras doenças.
Pessoas que receberam transfusões de sangue antes de 1993 devem fazer o teste anti-VHC porque, antes dessa data, o sangue das transfusões não era testado nem se conhecia o vírus.
Pessoas que receberam transfusões de sangue antes de 1993 devem fazer o teste anti-VHC porque, antes dessa data, o sangue das transfusões não era testado nem se conhecia o vírus.
Tratamento
O tratamento consiste na combinação de interferon (substância antiviral
produzida por nosso organismo e que combate o vírus da hepatite C) injetável
três vezes por semana associado a uma droga (ribaveriva) administrada por via
oral por um tempo que varia entre seis meses e um ano. Esses medicamentos são
distribuídos gratuitamente pelo SUS.
Quando não há cirrose instalada, as chances de eliminação total do vírus
do organismo variam entre 30% e 70%, dependendo do tipo de vírus, que pode
pertencer a dois genótipos: 1 ou não-1.
No início do tratamento, os sintomas são semelhantes aos de uma gripe
forte: dores no corpo, náuseas, febre. Perda de cabelo, depressão, vômitos,
emagrecimento são outros sintomas possíveis. Ascite (barriga d’água), cansaço
extremo, confusão mental podem ser sintomas do estado avançado da doença.
A cura é definida pela ausência de vírus no sangue seis meses depois do
terminado o tratamento. As chances variam entre 40% a 60%, dependendo do tipo
de vírus.
Recomendações
- Fique longe das bebidas alcoólicas, se é ou foi portador do VHC;
- Não utilize drogas injetáveis;
- Certifique-se de que todo o material utilizado para coleta de sangue seja descartável;
- Verifique se agulhas ou qualquer outro objeto que entre em contato com sangue é descartável ou está devidamente esterilizado;
- Leve seu próprio material quando for à manicure;
- Se quiser engravidar ou estiver grávida, faça o teste para saber se é portadora do vírus da hepatite C;
- Só faça sexo com preservativo;
- Tome as vacinas contra as hepatites A e B, a vacina contra gripe todos os anos e a vacina contra pneumonia, se é portador do VHC.
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